Solidariedades Locais: Como Começaram os Protestos da Primavera Árabe - Parte I
“A Revolução de Jasmin de 2010-2011, que deu início à Primavera Árabe na Tunísia, surpreendeu a maioria dos observadores na academia e no mundo da política. O fato de ter ocorrido em uma região relativamente isolada, a vila de Sidi Bou Zid, na sequência da autoimolação de um camelô, Mohamed Bouazizi, foi ainda mais chocante, e intriga pesquisadores desde então. A emergência súbita da Revolução de Jasmim em uma vila de província trouxe à tona a questão sobre quais vínculos sociopolíticos podem ter operado em tal contexto para o foco da atenção. Uma resposta comum centrou-se na comunicação via mídia social, o que está longe representar a história toda”.
Contra uma psicanálise sionista
“Há […] esse histórico de cumplicidade com regimes genocidas. Os psicanalistas podem tentar ignorar, negar, mas a única forma de realizar isso seria apagando a história, o que foi alcançado em certa medida, uma vez que esse episódio tenebroso na história da psicanálise segue largamente desconhecido. Exatamente por essa razão, isso tem pouco efeito nos novos membros, que se beneficiariam de uma profunda reflexão sobre o papel político da psicanálise e suas instituições”.
About My Father… The Worker Mohammad and the Officers of the Republic
“Despite his marginal role, my father participated in both the virtues and vices of this country's history, both pivotal, when he and his peers traveled to the Gulf and Iraq in the 1970s, following the oil boom. The country relied on remittances from abroad and benefitted from the exchange rate difference. The economy revived, as did the black market economy, in a strange paradox. The game went as follows: petrodollars flooded the Egyptian market. Remittances from Egyptians abroad were exchanged on the black market at a higher rate, creating a pattern for making easy money, validating President Sadat's saying in one of his speeches, which, in one way or another, encouraged looting: "If you don’t get rich under my reign, you’ll never become rich."
Sinais Desonrosos: o Ativismo Pró-Árabe e a Classe Média Ilustrada.
“Muitas das personalidades, acadêmicas, principalmente, que têm sido elevadas a autoridades sobre a questão palestina estão distantes, intelectual e eticamente, do nível mínimo necessário para se lidar com a luta palestina, síria ou libanesa em suas dimensões e complexidades reais.
Os motivos para o sucesso destas manifestações, porém, não são complexos. São Paulo, que conta com o maior contingente de descendentes árabes no país, há muito ignora a parcela intelectual deste passado, focando-se na memória do materialismo que fez da metrópole o que ela é economicamente. Algo na percepção paulista, paulistana e brasileira em São Paulo, apregoa a memória como um misto de orgulho e pretensa humildade que, não raro, beira o anti-intelectualismo. A reação a isso, e seu resultado infeliz, é um ativismo ultra comprometido com a aparência”