Os Instrumentos do Nosso Passado: O Brasil na Jordânia
“No dia 02 de junho de 2025, a Al Jaliah esteve na abertura da exposição “Os Instrumentos do Nosso Passado: o Brasil na Jordânia”. Resultado de um trabalho arqueológico de 30 anos no Vale do Zarqa, na Jordânia, a exposição reflete o trabalho de uma equipe multidisciplinar, contando com pesquisadores e colaboração interinstitucional da Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista e a Universidade Estadual de Campinas, no Brasil e do Instituto Italiano di Paleontologia Umana, o Musée National d’Histoire Naturelle, o British Geological Survey, o Departmento de Antiquidades da Jordânia e a Universidade da Jordânia”.
O Comércio Ambulante Feminino: Prática de Resistência de Gênero na Primeira Comunidade Sírio-Estadunidense
“Todos os periódicos retratavam e desprezavam as mulheres sírias mascates na diáspora coletivamente, e não individualmente. As circunstâncias e preferências que cada uma dessas mulheres enfrentou antes e depois de imigrar para o Novo Mundo foram ignoradas. Além disso, não tivemos acesso às vozes dessas trabalhadoras, que poderiam explicar por que escolheram essa ocupação, como a exerciam ou como sua idade e estado civil influenciavam suas experiências no Novo Mundo. Nas discussões sobre o comércio ambulante feminino presentes nesses periódicos, as mulheres sírias não eram sujeitos capazes de se expressar e se defender, mas sim alvos de críticas e insultos verbais”.
Solidariedade Locais: Como começaram os Protestos da Primavera Árabe - Parte II
“Os primeiros 10 dias da revolução tunisiana, da autoimolação de Mohamed Bouazizi em 17 de dezembro, até a aparição das primeiras 1000 pessoas em 27 de dezembro em Túnis, envolveram uma série de protestos locais, principalmente na Tunísia centro-sul, em vilas e aldeias próximas a Sidi Bou Zid. Estes protestos locais permaneceram parcamente documentados em comparação aos protestos massivos que ocorreram posteriormente nas cidades costeiras e em Túnis. Ninguém previu que estes protestos locais em SIdi Bou Zid e arredores seriam seguidos por grandes manifestações ao redor do país demandando o fim do regime”.
من هو نويل روزا؟
لُقّب نويل بـ"شاعر الفيلا" نسبةً إلى حيّ فيلا إيزابيل الذي وُلد فيه، وكان بحق مراسلًا صادقًا لعصره، إذ نقل من خلال أغانيه واقع الحياة اليومية، ليس فقط لمدينة بل لبلد بأكمله
Solidariedades Locais: Como Começaram os Protestos da Primavera Árabe - Parte I
“A Revolução de Jasmin de 2010-2011, que deu início à Primavera Árabe na Tunísia, surpreendeu a maioria dos observadores na academia e no mundo da política. O fato de ter ocorrido em uma região relativamente isolada, a vila de Sidi Bou Zid, na sequência da autoimolação de um camelô, Mohamed Bouazizi, foi ainda mais chocante, e intriga pesquisadores desde então. A emergência súbita da Revolução de Jasmim em uma vila de província trouxe à tona a questão sobre quais vínculos sociopolíticos podem ter operado em tal contexto para o foco da atenção. Uma resposta comum centrou-se na comunicação via mídia social, o que está longe representar a história toda”.
Contra uma psicanálise sionista
“Há […] esse histórico de cumplicidade com regimes genocidas. Os psicanalistas podem tentar ignorar, negar, mas a única forma de realizar isso seria apagando a história, o que foi alcançado em certa medida, uma vez que esse episódio tenebroso na história da psicanálise segue largamente desconhecido. Exatamente por essa razão, isso tem pouco efeito nos novos membros, que se beneficiariam de uma profunda reflexão sobre o papel político da psicanálise e suas instituições”.
About My Father… The Worker Mohammad and the Officers of the Republic
“Despite his marginal role, my father participated in both the virtues and vices of this country's history, both pivotal, when he and his peers traveled to the Gulf and Iraq in the 1970s, following the oil boom. The country relied on remittances from abroad and benefitted from the exchange rate difference. The economy revived, as did the black market economy, in a strange paradox. The game went as follows: petrodollars flooded the Egyptian market. Remittances from Egyptians abroad were exchanged on the black market at a higher rate, creating a pattern for making easy money, validating President Sadat's saying in one of his speeches, which, in one way or another, encouraged looting: "If you don’t get rich under my reign, you’ll never become rich."
Sinais Desonrosos: o Ativismo Pró-Árabe e a Classe Média Ilustrada.
“Muitas das personalidades, acadêmicas, principalmente, que têm sido elevadas a autoridades sobre a questão palestina estão distantes, intelectual e eticamente, do nível mínimo necessário para se lidar com a luta palestina, síria ou libanesa em suas dimensões e complexidades reais.
Os motivos para o sucesso destas manifestações, porém, não são complexos. São Paulo, que conta com o maior contingente de descendentes árabes no país, há muito ignora a parcela intelectual deste passado, focando-se na memória do materialismo que fez da metrópole o que ela é economicamente. Algo na percepção paulista, paulistana e brasileira em São Paulo, apregoa a memória como um misto de orgulho e pretensa humildade que, não raro, beira o anti-intelectualismo. A reação a isso, e seu resultado infeliz, é um ativismo ultra comprometido com a aparência”